No ano de 1984, como fruto da visão espiritual e ousada do Pastor Nilson do Amaral Fanini, sobre a necessidade de se formarem líderes para a denominação atendendo aos vocacionados da região leste fluminense, é inaugurado o Seminário Teológico Batista de Niterói. Em convênio com a Junta de Educação da Convenção Batista Fluminense, este Seminário surge em tempos de mudanças radicais nos terrenos do pensamento e da moral e tem como objetivo ser uma resposta aos ventos de apostasia que já sopravam no mundo naquela época.

Desde o seu nascimento, o STBN sempre esteve aliançado com a Primeira Igreja Batista de Niterói, que provia seu sustento espiritual, bem como parte de seu sustento financeiro. Essa relação surgiu de forma muito natural, já que o pastor titular da Primeira Igreja Batista de Niterói era também o idealizador e reitor do Seminário; o vice -presidente da PIBN, diácono Eli Francione de Abreu, atuava como Diretor Administrativo do STBN; e as instalações físicas deste eram compartilhadas com as da igreja, como o são até hoje, no prédio anexo ao templo, o chamado Edifício de Educação Religiosa.

Durante sua história, o Seminário formou milhares de alunos, incluindo os dos antigos Campus Avançados em Friburgo, Cabo Frio e Santo Antônio de Pádua. Integraram esta Instituição grandes nomes do meio Batista, como o do Pastor Ebenézer Soares Ferreira, que atuou como Diretor Geral entre 2006 e2019; e entregamos para a denominação nomes como o do Pastor Sócrates Oliveira de Souza, que por muitos anos foi o Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira, e do Pastor Daniel Cunta que atua na área de Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense…. Mas o STBN também atravessou crises, enfrentou adversidades e se viu em situações que apontavam para o encerramento de suas atividades. Todavia, através da orientação divina e colaboração de homens e mulheres que amam esta instituição, esta Casa de Profetas tem prosseguido, sempre fundamentada na sua filosofia de educação teológica, formando homens e mulheres adequadamente, não apenas do ponto de vista acadêmico e intelectual, mas sobretudo do ponto de vista da piedade cristã e da firmeza doutrinária.

Afinal, mais do que outorgar títulos e diplomas, a missão do STBN tem sido, ao longo desses quarenta anos, formar líderes úteis ao Reino, para a prática ministerial efetiva nas igrejas batistas e demais denominações evangélicas, com fundamentação na Palavra de Deus e na doutrina dos apóstolos.

Por isso, o Seminário tem buscado oferecer ensino de excelência, tanto por meio do corpo docente, quanto através de suas instalações. Além do laboratório de informática, inaugurado em 2010 para atender às demandas da era digital, os alunos do STBN também contam com uma biblioteca que hoje oferece mais de 12 mil títulos. O acervo fica também disponível para a consulta dos membros da PIB de Niterói, assim como dos seminaristas de outros institutos.

Por meio de aulas presenciais e também a distância, os professores do STBN, competentes e experientes em suas respectivas áreas, oferecem aos alunos um ensino de qualidade, seja para os que têm o chamado pastoral, seja para os vocacionados para o ministério de música ou ainda para aqueles irmãos que desejam uma formação básica de curta duração para atuarem mais efetivamente em suas igrejas. Mais do que conteúdo, os professores têm oferecido a si mesmos, sendo exemplo de servos e auxílio bem presente, conforme muitos alunos costumam testificar.

Nos anos de 2020 e 2021, durante a pandemia de COVID-19, as atividades do STBN não pararam e ainda foi possível fazer um convênio com a plataforma Google for Education, que disponibilizou aos alunos e professores mais ferramentas digitais para otimização do ensino a distância. Logo em seguida, ainda com a visão do EAD, o Seminário firmou convênios com instituições como o SEC, Seminário de Educação Cristã, para atender as demandas dos irmãos do Estado do Recife.

Em tempos de teólogos ateus, de pastores que querem atualizar a bíblia, um seminário como o STBN, pautado na inerrância e na suficiência da Palavra de Deus, torna-se ainda mais relevante ao desempenhar o seu papel de ser farol, atalaia de Israel, “tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e para a edificação do corpo de Cristo.” (Efésios 4:12)

Por tudo o que temos visto e vivido nesses 40 anos, só nos resta agradecer a Deus por sua direção e sustento e seguirmos avante, certos de que Aquele que iniciou esta boa obra há de concluí-la até o dia de Cristo Jesus.

Por Gisele Flores – Professora do Seminário Teológico Batista de Niterói